O Verão está aí!!!

Olá pessoal, ando muito ausente de novos assuntos aqui no Blog. A razão para isto é que o verão está aí e estou tentando aproveitar o máximo possível os dias quentes, que têm sido poucos este ano.

Amigos reunidos no Parc de la Mauricie.

Para quem está no Brasil, fica difícil imaginar o que seria “aproveitar os dias quentes” já que a maioria dos dias são assim. Aqui, por outro lado, os dias são frios de outubro a março (sendo generoso com o conceito de frio) e, para completar, no inverno costuma escurecer por volta de 4:30 da tarde.

Acreditem, a ausência de luz natural é de deixar qualquer um maluco. Por isso, quando os dias quentes e ensolarados aparecem, a gente faz de tudo para não perder nenhum momento.

Então é isso, menos tempo em casa e mais tempo na rua fazendo outdoors activities, viajando sempre que possível e aproveitando o verão. Sobra menos tempo pra ficar pendurado no computador e na internet, então sejam um pouco pacientes, que já já eu volto a escrever mais por aqui.

Video: De Salvador a Montréal em 11 minutos

Meu amigo Igor, que chegou recentemente do Brasil, teve a brilhante idéia de filmar sua viagem desde a saída em Salvador até a chegada em Montréal, passando por São Paulo e Toronto.

O vídeo, muito bem editado, é informativo e divertido ao mesmo tempo. Vale muito a pena parar um pouquinho para assisti-lo.


Se você gostou do vídeo não perca tempo e vá no blog dele, que tem muito mais vídeos bacanas, contando as suas aventuras e descobertas aqui no Canadá. Acesse: OUIgor

Relatos das Férias Final – Barrados no Baile

De malas prontas para voltar para o Canadá, saímos de Porto Seguro por volta de 13:30,  rumo ao aeroporto de Guarulhos – SP. Nosso vôo de volta ao Canadá seria no mesmo dia, às 20:30, então estávamos tranquilos.

Tínhamos combinado com a Rose, minha prima que mora em São Paulo, de fazermos algo neste meio tempo, entre um vôo e outro. Estávamos com 5 volumes: 4 malas e um quadro, que ganhamos de casamento, e foi o jeito deixar tudo num guarda volumes enquanto saímos por São Paulo.

Fomos para a casa da minha tia, que havia feito um café para nos esperar. Tomamos café, fizemos aquele lanche delicioso, batemos papo e voltamos para o aeroporto.

Chegando lá, fomos pegar as malas no guarda-volumes e nos dirigimos ao guichê da Air Canada para fazer o checkin. Entreguei meu passaporte e o da minha esposa. Vendo que eu era imigrante, o atendente logo pediu pra ver meu Cartão de Residente Permanente. Apresentei meu cartão, ele conferiu minha documentação e partiu para verificar a documentação da minha esposa.

Olhou uma, duas vezes, conferiu tudo, olhou para a gente e falou: O visto dela está expirado, ela não pode embarcar. Espantado, argumentamos, que havíamos renovado o visto antes de sair e que estava tudo correto. Então ele nos informou que o que tínhamos renovado foi a permissão de estudos, que daria direito de permanecer no país por mais um tempo, mas que para viajar era preciso do visto e que o dela tinha expirado há algumas semanas.

Ainda tentei argumentar, informando que antes da viajem eu havia conversado com a Imigração aqui no Canadá e que eu havia sido informado que com o documento que recebemos (permissão de estudos) minha esposa poderia entrar tranquilamente no Canadá, mas o atendente não permitiu e tivemos que ficar em São Paulo. Imaginem a nossa cara de satisfação neste momento!!

Explicando a situação

Minha esposa está no Canadá com um visto de estudante. Quem tem este tipo de visto, ao chegar no Canadá e passar pela imigração, recebe uma permissão de estudos que é um documento autorizando a estadia com o propósito específico de estudar. Este documento contém algumas informações, tais como: data que a pessoa entrou no país, data que ela deve sair (esta data pode ser menor do que o período de validade do visto), se a pessoa pode trabalhar ou não, dentre outras.

Meses depois da sua chegada ao Canadá, demos entrada no seu processo de residência permanente  e junto entramos com um pedido para renovar o seu visto de estudante. Como ela já estava no Canadá, ao invés de renovarem o visto, renovaram somente a permissão de estudos. A nova permissão chegou pelo correio e isto nos causou um certo estranhamento, já que estávamos esperando que pedissem que enviássemos o passaporte, para que o novo visto fosse colado. Por conta disso, ligamos na imigração e perguntamos se com este documento seria possível sair e entrar no país e o agente de imigração informou que não haveria problemas algum.

Tudo certo, viajamos tranquilos pro Brasil.

Voltando ao problema do visto

Passado o nervosismo, o susto, e a sensação de impotência, já havíamos nos conformado que teríamos que pedir um novo visto, mas eu estava muito preocupado porque não queria deixar minhas esposa sozinha em São Paulo. Nós sabíamos que um visto demoraria um certo tempo para ser emitido, mas eu tinha que voltar para o Canadá porque minhas férias tinham acabado.

Ainda no aeroporto, o atendente nos encaminhou para a loja da Air Canada. Lá chegando, um funcionário nos informou que quando estes imprevistos ocorrem, eles entram em contato com o Consulado do Canadá e pedem atendimento prioritário para que a pessoa possa ter um novo visto em 24 horas. Ele então tirou uma cópia da passagem aérea, do passaporte e do visto da minha esposa e encaminhou via email para o Consulado. Fomos informados que deveríamos estar no Consulado, antes do horário de expediente, na segunda-feira, para ver se seríamos atendidos.

Bom, não tinha outra coisa a fazer a não ser ir pra casa. Felizmente, eu tenho família em São Paulo e minha prima, que estava conosco durante este episódio, gentilmente se ofereceu para nos hospedar.

Durante o fim de semana, o jeito foi tentar aproveitar um pouco de São Paulo. Como minha esposa não conhecia a cidade, fizemos um passeio pelos principais pontos turísticos. Ainda teve um churras na casa da minha prima, enfim, foi bom pra caramba. Mas mesmo com tudo isso, ainda não conseguíamos nos livrar da tensão de ter que ir ao Consulado e não ser atendido no mesmo dia, ou até mesmo dela ter o visto negado.

Na segunda-feira, acordamos cedinho. Na verdade, quase não dormimos. Chegamos lá no prédio do Consulado umas 7:30 da manhã. Pouco depois das 8, conseguimos falar com uma atendente do Consulado e explicamos a nossa situação. Na mesma hora ela ligou para uma funcionária do Consulado, que já estava ciente do problema da minha esposa e prontamente a orientou no procedimento para tirar o novo visto: pagar a taxa (R$ 125,00), tirar foto e voltar ao Consulado para preencher os formulários.

Fomos tirar as fotos, em seguida esperamos o banco abrir (só abre a partir das 10:00). Pagamos a taxa, pegamos as fotos e ela voltou ao Consulado. Uma hora depois ela voltou e informou que teria que retornar ao Consulado a partir das 15:00 para pegar o visto.

Ficamos tranquilos, fomos almoçar e passear pelo Shopping D&D, que fica ao lado do prédio do Consulado. Às 15:00 lá estava minha esposa na fila do Consulado de novo. Alguns minutos depois e ela foi autorizada a subir. Desta vez a demora foi maior e eu já estava ficando preocupado: pensei que alguma coisa poderia estar dando errado e, ainda por cima, precisávamos estar no aeroporto as 18:00 para ainda resolver os detalhes da passagem aérea e embarcar. As 16:30 ela desceu, já com o passaporte nas mãos e com o visto. Nossa, que alívio. Agora a nossa preocupação era saber se ia dar tempo chegar em casa, pegar as malas e ir pro aeroporto. Imagine ai, pegar a marginal Pinheiros e Tietê na hora do rush?!?!

Mais um final feliz…

Mais uma vez, a sorte estava do nosso lado. Uma outra prima que trabalhava na região do Consulado nos deu uma carona e conseguimos chegar em casa por volta das 17:30. Só deu tempo de tomar um banho rápido, jogar as malas no carro e ir pro aeroporto.

Lá ainda foram uns 20 minutos para conseguir a nova passagem. Paguei 300 dólares de multa para conseguir remarcá-las e, mesmo assim, a reserva veio sem confirmação de assentos, que só conseguimos saber na hora do embarque.

Bom, nós estávamos tão exaustos que apagamos logo depois do jantar. Acordamos já chegando em Toronto. Passamos pela imigração tranquilamente, trocamos as malas de esteira e fomos esperar o voo para Montréal. Nunca fui tão feliz de estar de volta ao Canadá.

Relatos das Férias Parte 2

Cheguei em Brasília exatamente uma semana antes do meu casamento. A ansiedade que antes era para chegar no Brasil passou a ser pelo casamento que se aproximava.

Famosa foto de Brasília, tirada a partir da Torre de Tv.

O tempo passou muito rápido em Brasília, a semana foi cheia de preparativos para o casamento como: fazer prévia de fotos, escolher roupa, escolher músicas, pegar família e amigos no aeroporto, etc. Com tudo isso acontecendo, não sobrou tempo para ver todos os amigos, o que me deixou um pouco chateado, mas tive que conviver com isso.

Pelo menos rolou um almoço com a galera!

O Grande Dia

Passada toda a correria, todos os preparativos, chegou o momento pelo qual todos estávamos esperando. Eu tinha uma idéia de que a noite seria maravilhosa, mas tudo o que aconteceu superou todas as minhas expectativas.

Não preciso dizer que minha mulher era a mulher mais linda de todas, naquela noite. Vê-la descer as escadas e caminhar rumo ao altar, com seu Pai, em direção a mim me deu aquele frio na barriga. Era um misto de emoções que só quem casou deve saber como é.

Casamos, babe! Pela segunda vez!

Após muita farra na festa que deu seguimento à cerimônia, a noite terminou num hotel na beira do lago Paranoá. Antes porém, paramos por alguns cartões postais de Brasília para tirar algumas fotos insólitas… Coisas que só a bebida faz por você!

Bahia

Depois do casamento, logo na segunda-feira, fomos para a Bahia. Passamos o resto das férias em Eunápolis, Porto Seguro e Vitória da Conquista. Foram duas semanas de muito sossego. Calor danado que fazia, já tinha desacostumado… Matei minha saudade da praia e da comida baiana, que não tem melhor no mundo – Comi tudo que tinha direito!

Neste período, teve o batizado do meu sobrinho (e afilhado) que eu não conhecia pessoalmente, já que quando ele nasceu eu já estava aqui no Canadá. Empolguei tanto com o moleque que deu vontade de fazer um também!

Gostei, particularmente, de voltar à minha cidade natal – Vitória da Conquista, e ver como está diferente! Gostei de ver que está cada vez mais desenvolvida.

A Bahia continua linda, e vai sempre morar no meu coração. Hoje, Montréal é a minha casa, mas eu sou baiano e não nego minhas raízes. Não dá pra negar, a tradicional cultura baiana fez de mim o que eu sou hoje.

Após duas semanas tranquilas, tudo estava pronto para voltar ao Canadá, mas uma surpresa nos esperava…

Relatos das Férias Parte 1 – A chegada

Estou de retorno ao Canadá, após 3 semanas de férias em Terras de Santa Cruz. Os dias que precederam minha viagem foram cheios de ansiedade, pela primeira vez em quase dois anos a vontade de voltar ao Brasil falava cada vez mais alto. Minha esposa já estava lá há pelo menos duas semanas, terminando os preparativos do nosso segundo enlace matrimonial e eu já estava contando os dias para revê-la. Não só ela, como também minha família e amigos que lá deixei.

O grande dia chegou, o vôo entre Montreal e São Paulo, via Toronto, ocorreu tranquilamente. A Air Canada até que não decepcionou (também, pelo preço que cobram…) e chegamos em São Paulo dentro do horário estipulado.

Próximoooooo

Cheguei em São Paulo / Guarulhos aproximadamente às 09:30 e estava até tranquilo já que eu tinha um outro vôo para Brasília partindo ao meio dia e trinta. Cheguei ao setor de imigração e aí tive um “choque” de Brasil. Primeiro foi o calor que fazia na sala, em poucos minutos eu já estava todo suado. Segundo as filas enormes, tanto para brasileiros quanto para estrangeiros – esperei entre uns 25 a 30 minutos para ser atendido. Agora o mais engraçado foi ficar escutando os atendentes gritando “Próximooooo” para chamar as pessoas que estavam na fila para serem atendidos – parecia uma feira – e olha que tinham painéis eletrônicos para indicar qual guichet estaria livre, mas estavam desligados.

Após passar pela imigração, fiquei morfando em frente a esteira por uns 45 minutos até conseguir recolher a única bagagem que havia despachado. Neste momento eu já não estava mais tão tranquilo assim pois já estava atrasado para fazer o checkin do meu outro vôo. Saindo da esteira peguei uma filinha de uns 5 minutos na aduana, mas foi tranquilo.

Pior que depois de toda esta espera, correria pra fazer checkin, calor infernal, não deu tempo nem de tomar uma Devassa gelada para relaxar. Já tive que ir pro embarque pois já tavam chamando para o vôo para Brasília.

Happy Ending in Brasilia

Quem me conhece pessoalmente sabe que tenho uma relação de amor e ódio com Brasília. Pelo menos, neste dia, eu estava realmente feliz de estar lá, de ver minha esposa e sua família me esperando no aeroporto e de ter a certeza que teria uns momentos de paz.

Eu também estava feliz de estar de volta ao Brasil, apesar de tudo. As três semanas que seguiriam iam ser memoráveis.