10 anos dos atentados de 11 de setembro

Era pra ser mais um dia qualquer, daqueles que vão no modo automático. Na parte da manhã eu iria para a faculdade e de tarde, iria trabalhar. Mal sabia eu que aquele dia iria mudar a minha vida definitivamente.

Acordei um pouco mais tarde do que de costume, visto que não teria as primeiras aulas. Tinha tomado café tranquilamente, seguido de um bom banho. Estava me arrumando e assistindo TV, esperando o tempo passar para pegar o ônibus em direção à universidade.

De repente, aquela vinheta característica do plantão da globo começa a ser exibida: Uma tragédia pegara o mundo inteiro de surpresa. Era uma coisa tão improvável de se acontecer, tão inimaginável que os meios de comunicação não sabiam nem como noticiar o que estava acontecendo.

O mundo parou diante desta tragédia...

Neste dia quatro aviões foram sequestrados: dois deles atingiram as torres gêmeas do World Trade Center, em New York – símbolo do poder e do capitalismo mundial; um deles atingiu o Pentágono – símbolo do poderio militar dos Estados Unidos e o último caiu no interior do estado da Pensilvânia.

Eu havia saído de casa logo após a notícia do primeiro avião ter atingido a primeira torre. Já na universidade, corri para a TV mais próxima e não conseguia acreditar no que estava vendo. De repente, outro avião atingia a segunda torre. Em minutos, as duas viriam à terra, matando milhares de pessoas.

Independente de ter sido um real atentado terrorista orquestrado por Bin Laden ou um inside job, um evento orquestrado pelo próprio governo americano, para causar o caos e dá-los carta branca para declarar guerra ao mundo, os ataques do 11 de setembro de 2001 marcaram o mundo, deixaram uma enorme ferida aberta e mudaram a vida de milhares de pessoas.

Naquele mesmo dia, ao passo que me simpatizava mais e mais com os Estados Unidos, especialmente com New York, eu abandonava, de uma vez por todas, as esperanças que tinha de imigrar para aquele país. Naquele mesmo dia, o Canadá passaria em definitivo para o topo da lista.

Hoje, estou no Canadá, feliz com minha escolha, mas não paro nunca de pensar em tudo o que aconteceu e que de certa forma me trouxe até aqui.

Tribute in Light

10 anos depois,  me sensibilizo com a dor das famílias que ficaram incompletas, por conta de uma estupidez.

Paz na Terra, é só isso que precisamos.

2 responses to “10 anos dos atentados de 11 de setembro”

  1. Lucas Feitosa says:

    Olá Pedro,sei que o post que estou fazendo essa pergunta não é o mais adequado pra isso, mas a minha dúvida me impusionol a isso.
    Bom, muito bom o seu blog. Mas eu queria saber de uma coisa… Tenho 19 anos,sou tecnico em informática aqui em Fortaleza e tenho conhecimento médio em francês (300 horas comprovadas), e gostaria de saber se teria como eu trabalhar aí no Canadá recebendo um salário mínimo e fazer facudade.
    As facudades daí duram o ano inteiro ou só é na época do verão? Ouvi dizer que os jovens daí juntam dinheiro pra facudade por seis meses e depois fazem faculdade no resto do ano?
    Na verdade Pedro, eu pretendo pagar a facudade com o dinheiro que recebesse aí como a gente faz aqui no Brasil. Pois eu não pretendo luxar pelos primeiros quatro anos. Por exemplo, TV a cabo eu descartaria da minha lista e telefone celular também. No máximo só internet. E como vc pode ver eu não estou nem aí se no início eu não vou ter uma condição financeira boa. Eu não tenho medo de inovar na minha vida, sentir novos ares e o frio pra mim será fichinha. Na verdade eu estou querendo fugir da corrupção do Brasil e das sacanágens dos governantes. Bom, e aí, da pra fazer o que eu quero nessas condições?

    • Pedro says:

      Olá Lucas, tudo bem?

      Então, é possível sim trabalhar e fazer faculdade. Como imigrante você também vai ter direito a bolsas do governo para ajudar a pagar a universidade. Agora, com salário mínimo, tendo que se manter aqui e pagar faculdade, sua vida não vai ser fácil não.

      Sobre as coisas descartáveis, tv a cabo pode até ser descartada, mas celular não. Aqui tudo se faz por telefone, inclusive entrevista de emprego.

      Ah, aqui também tem corrupção e governantes sacanas. Não quero te desanimar, só abrir seus olhos para que você venha para cá com os pés no chão.

      Abraços.

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